sexta-feira, 14 de março de 2014

Carta ao meu irmão em Cristo, Papa Francisco, no aniversário da sua eleição


Caro Jorge (Papa Francisco),

 
Antes de mais não me leves a mal por te tratar por tu. Faço-o como filhos do mesmo Pai e irmãos do mesmo Senhor e não para te desrespeitar e porque também nos habituaste a esta proximidade e toques fraternos.

Não me quero alongar nas palavras, porque só a Palavra de Deus basta, mas quero desejar-te muitos parabéns neste primeiro ano da tua Caminhada como nosso Pastor Universal, com profundo “cheiro das suas ovelhas”.

Demonstro-te gratidão pela tua ternura, amizade e motivação que trazes a cada um de nós.

Como pediste, no momento da tua primeira aparição pública, após a tua eleição, rezo com frequência por ti. E não sou o único. Há muitos irmãos e irmãs que o fazem assiduamente, para que Deus te dê forças para as renovações que sejam necessárias na nossa amada Igreja, que tem os seus podres, mas que vale muito a pena. Ainda é âncora para muita gente.

Agradeço-te também por te recordares sempre dos mais fracos, dos mais débeis, dos mais desprotegidos neste mundo à deriva, como barco sem timoneiro.

Admiro a tua coragem em denunciares as forças malignas deste mundo que desrespeitam a dignidade da Pessoa Humana, nas suas diferentes formas: fetos assassinados, crianças maltratadas, idosos ignorados e abandonados, mulheres que são vítimas de muitos abusos, exploração e precariedade laboral, desemprego que inutiliza milhões de jovens, hordas de populações refugiadas por causa de guerras, migrantes tratados como coisas, países tratados como mercadorias pelo “deus mercado”.

Alegra-me a tua alegria, aquela que vem do Alto, e que tu, muito bem, resolveste desenvolver como o teu/nosso programa para a acção evangelizadora da Igreja Católica: “A Alegria do Evangelho”.

Que o Senhor te dê muita saúde, coragem e ânimo para levares a Barca de Pedro a bom porto e que cada uma das tuas ovelhas seja contaminada e siga o teu exemplo na Fé, na Alegria, na Esperança, desassombradamente, tendo o Evangelho como arma, o Amor como acção e denunciando todo o tipo de injustiças (doa a quem doer, dentro ou fora da Igreja) e trabalhando por um mundo mais fraterno, com particular cuidado pelos nossos irmãos mais vulneráveis à cultura descartável, especulativa, exploradora e desumana vigente.

Tu, eu e cada um de nós, podemos e faremos a diferença.
 

Um abraço na Paz  e no Amor do nosso irmão Senhor Jesus Cristo,
 

Deste teu irmão leigo,
 

Sérgio

Porto, Portugal

 

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